A Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público Federal estão investigando uma "máfia" responsável por fraudar a compra e venda de shows públicos de artistas de relevância nacional. Estima-se que a quadrilha, que atua em pelo menos mais oito estados além do Ceará, tenha causado prejuízo superior a R$ 100 milhões apenas nos últimos três anos.
A investigação começou com o hoje chefe da procuradoria geral da República em São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, em 2013. "Quando viajava a trabalho pelo interior de São Paulo comecei a perceber que algumas cidades minúsculas estavam fazendo eventos com artistas de renome nacional, cujos cachês eram caríssimos. Começamos a investigar porque não havia como aquelas cidades bancarem tantos shows e festas de peão. Acabamos descobrindo uma série de irregularidades, que envolviam não só as cidades, mas até o governo federal, que era fraudado por meio de convênios culturais". A quadrilha operava através do superfaturamento na venda de apresentações dos artistas. Primeiro, um atravessador recebia informação privilegiada de que uma cidade realizaria uma grande festa e iria contratar determinado artista.

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