quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Selo Município Verde certifica 22 cidades do Ceará, dentre elas, Iguatu
Caixa deposita 8ª parcela do auxílio para nascidos em abril nesta sexta
Nesta sexta de Black Friday, a Caixa Econômica Federal vai pagar a 8ª parcela do auxílio emergencial para os nascidos em abril. O benefício ficará disponível para compras e pagamentos online, por meio do aplicativo Caixa Tem. Os beneficiários que aguardam outras parcelas e também nasceram em abril receberão os seus devidos pagamentos na conta digital.
Pagamento Bolsa Família: beneficiários recebem parcelas do auxílio nesta quinta-feira
Os beneficiários do bolsa família com final do Número de Identificação Social 8 recebem, nesta quinta-feira (26), o pagamento da terceira e, até agora, penúltima parcela de extensão do auxílio emergencial. Durante todo o mês de novembro, mais de 16 milhões de pessoas cadastradas no programa foram consideradas elegíveis e vão receber, no total, R$ 4,2 bilhões.
Ceará tem 16 mil testes de coronavirus que vencem em dezembro; Secretaria afirma que não há prejuízo
![]() |
| Foto AFP |
A polêmica sobre a validade dos testes da Covid ganhou repercussão após vir à tona a informação que Ministério da Saúde armazena, em São Paulo, um estoque com 6,86 milhões de exames que podem perder validade até janeiro de 2021.
O SVM questionou a Sesa sobre quantos testes devem vencer ainda esse ano no estoque do Ceará e quantos perderão a validade em janeiro. Mas, a pasta, em nota, informou somente a quantidade dos kits que vencem no próximo mês.
O RT-PCR é feito com base em amostras da região do nariz e da garganta do paciente e indica o vírus ativo. Esse tipo de teste é considerado o padrão ouro na testagem por ser o de maior precisão para o diagnóstico da Covid-19.
De acordo com a Sesa, no Ceará, durante a pandemia, o Governo do Ceará adquiriu com recursos próprios 300.000 unidades de testes rápidos e 51.032 exames de RT-PCR. Já o Ministério da Saúde, diz a nota, “enviou 516.384 testes para diagnóstico da Covid-19 de março a novembro”. Do total de exames repassados pelo Governo Federal 337.800 são testes rápidos, com validade para março de 2021; e 178.584 são RT-PCR.
Estado realiza mais de 2 mil testes por dia
Em relação ao estoque de testes, a Sesa diz que “é um número que varia constantemente, de acordo com o recebimento de insumos adquiridos pelo Estado ou enviados pelo Ministério da Saúde”.
No Ceará, conforme dados do Integrasus até a tarde desta quarta-feira (25), plataforma digital da Sesa, já foram feitos mais de 1,1 milhão de testes para a doença. Destes, 557 mil foram testes rápidos, 399 mil RT-PCR e os demais foram de outros tipos.
Atualmente, afirma a pasta, em média, são feitos 2.300 testes por dia no Estado. Esse número considera somente os realizados no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e no Laboratório Central de Saúde Pública do
Ceará cria mais de 16 mil empregos com carteira assinada em outubro

Expectativa de vida do cearense sobe 2 anos na última década, calcula IBGE

Acidente de trânsito com vítima fatal na zona rural de Acopiara

Populares acionaram a Polícia ao encontrar a vítima caída as margens da Rodovia já sem vida.
No local especula-se que o motociclista teria sido colhido por uma caminhão, que não parou e se evadiu do local, tomando rumo ignorado.
O Rabecão foi acionado e removeu o corpo da vítima ao IML de Iguatu.
https://blogmardoniormarcos.blogspot.com/2020/11/fim-do-ciclo-de-pagamentos-do-auxilio.html
![]() |
| Foto Thiago Gadelha/SVM |
Diante da possibilidade do fim do auxílio emergencial a partir de janeiro de 2021, setores da indústria e do comércio mostram preocupação com a perda desses recursos em um momento no qual algumas atividades ainda estão dando os primeiros passos de um longo e doloroso processo de recuperação. Nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, diante da queda dos casos de Covid-19 e da "forte retomada econômica", o benefício deverá ser extinto no fim deste ano. "Do ponto de vista do Governo, não existe prorrogação de auxílio emergencial", enfatizou Guedes.
Para Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), os benefícios concedidos pelo Governo Federal para atenuar os efeitos da pandemia têm sido, até agora, fundamentais para o setor varejista. Ele diz que o corte do auxílio neste momento poderia criar um cenário de incerteza para o setor, sobretudo, se forem adotadas novas restrições ao funcionamento do comércio, na hipótese de piora no panorama sanitário.
"Hoje, uma das minhas maiores preocupações é com o fim desses benefícios. É com eles que o varejo vem se movendo. Tanto a flexibilização da legislação trabalhista como o auxílio emergencial têm feito uma grande diferença e têm surpreendido com os resultados positivos do varejo", avalia Cordeiro.
"A economia tem dado uma resposta melhor do que achávamos inicialmente e parte dela está andando por si só, mas o que fez diferença foi essa massa de recursos que foi injetada. Então, se houver uma segunda paralisação, e não houver esses benefícios, volta tudo à estaca zero". Em recentes declarações, o governador do Estado, Camilo Santana, tem descartado veementemente a possibilidade de novo "lockdown" no Ceará.
Apesar da sinalização do Planalto de pôr fim ao auxílio, Cordeiro acredita que, se necessário, haverá um movimento para prorrogá-lo. "A população tem que consumir, e o Governo sabe disso. A grande questão é até onde essas fontes de recursos vão suportar esse benefícios", diz.
No caso da indústria, o volume de recursos dos auxílios tem contribuído para impulsionar a produção, diante do aumento do desemprego e queda na renda das famílias.
"A suspensão do benefício a partir de janeiro poderá fazer muita falta, e isso assusta vários setores que poderão continuar funcionando precariamente", diz José Dias, vice-presidente da Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará (Facic). "Apesar de grande parte da indústria já ter voltado quase na sua totalidade, nem toda a população voltou ao trabalho. E ainda existe uma falta de recursos do mercado".
Criado em abril pelo Governo Federal, o auxílio emergencial foi estendido até 31 de dezembro por meio da Medida Provisória nº 1000. O Governo começou a fazer os pagamentos em maio e, inicialmente, iriam até julho. Depois foram prorrogados uma primeira vez até setembro e, uma segunda vez, até dezembro. No início, o valor era R$ 600, mas passou para R$ 300 nas últimas parcelas.
Inflação
Caso o benefício seja realmente extinto, a expectativa é que haja uma redução da pressão inflacionária, além de alívio fiscal para o Governo em 2021. Na primeira quinzena de novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,81%, após ter avançado 0,94% em outubro, segundo informou, ontem (24), o IBGE. Com o resultado, o índice acumula uma alta de 3,13% no ano e de 4,22% em 12 meses.
"Com o fim do auxílio, o efeito inflacionário será visível. Ele já vem demonstrando isso com a redução do valor de R$ 600 para R$ 300, porque parte significativa desses recursos está sendo direcionada, principalmente, para o consumo de alimentos. Então, devemos observar nos próximos ciclos um arrefecimento do processo inflacionário em função da queda da demanda", diz Ricardo Coimbra, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE).
Empregos
Com a continuidade da recuperação da atividade econômica, o aumento do nível de empregos formais deverá compensar, em parte, a suspensão. "Estamos em um processo de retomada econômica, com recuperação significativa dos empregos perdidos durante a pandemia", ressalta Ricardo Coimbra. "Estima-se que de 1,5 milhão de empregos perdidos, cerca de 1,2 milhão já foram recuperados, o que reflete na capacidade de consumo das pessoas pela atividade econômica, mitigando um pouco a perda do auxílio".
Do ponto de vista fiscal, Coimbra diz que o fim do auxílio dará um alívio para as contas públicas em 2021, mesmo que haja a migração de alguns beneficiários para programas de renda mínima. "O auxílio causou um aumento do endividamento público em 2020 muito elevado. O que não ocorrerá a partir de 2021. Há a perspectiva de migrar parte dos que receberam o auxílio para um novo programa de renda mínima. O problema é que ainda não se encontrou uma fonte para esses recursos", diz.
Prorrogação?
Sobre a continuidade do programa de auxílio, o economista Lauro Chaves, conselheiro federal de economia e professor da Uece, diz que dependerá de um acordo político no Congresso. "Depende de como se vai tirar recursos de tamanha magnitude dentro do orçamento para financiar essa conta. A necessidade de um programa de renda mínima é quase um consenso, mas é preciso identificar de onde vão sair os recursos para manter o programa".
Apesar de o ministro Paulo Guedes dizer que o Governo não trabalha, neste momento, com a hipótese de prorrogar o auxílio emergencial, a equipe econômica estuda como pode estender o pagamento do benefício caso haja novas restrições a atividades econômicas.
A principal dúvida entre os técnicos seria como estender o pagamento do auxílio sem furar o chamado teto de gastos, a regra que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação. Nas duas prorrogações anteriores do auxílio, a equipe econômica acabou tendo de ceder porque não havia definição sobre um novo programa social para abarcar mais beneficiários.
A emenda constitucional do teto de gastos permite o uso de crédito extraordinário, fora do limite imposto pela regra (a inflação de um ano antes), para bancar despesas que sejam imprevisíveis e urgentes. Mas há dúvidas se esse expediente pode ser usado de novo, já que o fim do auxílio já estava previsto para 2020.
Se o Congresso decidir por articular a prorrogação, sem ser via crédito extraordinário, as despesas com o pagamento do auxílio vão concorrer com o teto de gastos no espaço orçamentário, cortando ainda mais despesas discricionárias (aquelas que não são obrigatórias, como investimentos), que já estão baixas.
Fim do ciclo de pagamentos do auxílio gera apreensão no setor produtivo
![]() |
| Foto Thiago Gadelha/SVM |
Diante da possibilidade do fim do auxílio emergencial a partir de janeiro de 2021, setores da indústria e do comércio mostram preocupação com a perda desses recursos em um momento no qual algumas atividades ainda estão dando os primeiros passos de um longo e doloroso processo de recuperação. Nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, diante da queda dos casos de Covid-19 e da "forte retomada econômica", o benefício deverá ser extinto no fim deste ano. "Do ponto de vista do Governo, não existe prorrogação de auxílio emergencial", enfatizou Guedes.
Para Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), os benefícios concedidos pelo Governo Federal para atenuar os efeitos da pandemia têm sido, até agora, fundamentais para o setor varejista. Ele diz que o corte do auxílio neste momento poderia criar um cenário de incerteza para o setor, sobretudo, se forem adotadas novas restrições ao funcionamento do comércio, na hipótese de piora no panorama sanitário.
"Hoje, uma das minhas maiores preocupações é com o fim desses benefícios. É com eles que o varejo vem se movendo. Tanto a flexibilização da legislação trabalhista como o auxílio emergencial têm feito uma grande diferença e têm surpreendido com os resultados positivos do varejo", avalia Cordeiro.
"A economia tem dado uma resposta melhor do que achávamos inicialmente e parte dela está andando por si só, mas o que fez diferença foi essa massa de recursos que foi injetada. Então, se houver uma segunda paralisação, e não houver esses benefícios, volta tudo à estaca zero". Em recentes declarações, o governador do Estado, Camilo Santana, tem descartado veementemente a possibilidade de novo "lockdown" no Ceará.
Apesar da sinalização do Planalto de pôr fim ao auxílio, Cordeiro acredita que, se necessário, haverá um movimento para prorrogá-lo. "A população tem que consumir, e o Governo sabe disso. A grande questão é até onde essas fontes de recursos vão suportar esse benefícios", diz.
No caso da indústria, o volume de recursos dos auxílios tem contribuído para impulsionar a produção, diante do aumento do desemprego e queda na renda das famílias.
"A suspensão do benefício a partir de janeiro poderá fazer muita falta, e isso assusta vários setores que poderão continuar funcionando precariamente", diz José Dias, vice-presidente da Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará (Facic). "Apesar de grande parte da indústria já ter voltado quase na sua totalidade, nem toda a população voltou ao trabalho. E ainda existe uma falta de recursos do mercado".
Criado em abril pelo Governo Federal, o auxílio emergencial foi estendido até 31 de dezembro por meio da Medida Provisória nº 1000. O Governo começou a fazer os pagamentos em maio e, inicialmente, iriam até julho. Depois foram prorrogados uma primeira vez até setembro e, uma segunda vez, até dezembro. No início, o valor era R$ 600, mas passou para R$ 300 nas últimas parcelas.
Inflação
Caso o benefício seja realmente extinto, a expectativa é que haja uma redução da pressão inflacionária, além de alívio fiscal para o Governo em 2021. Na primeira quinzena de novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,81%, após ter avançado 0,94% em outubro, segundo informou, ontem (24), o IBGE. Com o resultado, o índice acumula uma alta de 3,13% no ano e de 4,22% em 12 meses.
"Com o fim do auxílio, o efeito inflacionário será visível. Ele já vem demonstrando isso com a redução do valor de R$ 600 para R$ 300, porque parte significativa desses recursos está sendo direcionada, principalmente, para o consumo de alimentos. Então, devemos observar nos próximos ciclos um arrefecimento do processo inflacionário em função da queda da demanda", diz Ricardo Coimbra, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE).
Empregos
Com a continuidade da recuperação da atividade econômica, o aumento do nível de empregos formais deverá compensar, em parte, a suspensão. "Estamos em um processo de retomada econômica, com recuperação significativa dos empregos perdidos durante a pandemia", ressalta Ricardo Coimbra. "Estima-se que de 1,5 milhão de empregos perdidos, cerca de 1,2 milhão já foram recuperados, o que reflete na capacidade de consumo das pessoas pela atividade econômica, mitigando um pouco a perda do auxílio".
Do ponto de vista fiscal, Coimbra diz que o fim do auxílio dará um alívio para as contas públicas em 2021, mesmo que haja a migração de alguns beneficiários para programas de renda mínima. "O auxílio causou um aumento do endividamento público em 2020 muito elevado. O que não ocorrerá a partir de 2021. Há a perspectiva de migrar parte dos que receberam o auxílio para um novo programa de renda mínima. O problema é que ainda não se encontrou uma fonte para esses recursos", diz.
Prorrogação?
Sobre a continuidade do programa de auxílio, o economista Lauro Chaves, conselheiro federal de economia e professor da Uece, diz que dependerá de um acordo político no Congresso. "Depende de como se vai tirar recursos de tamanha magnitude dentro do orçamento para financiar essa conta. A necessidade de um programa de renda mínima é quase um consenso, mas é preciso identificar de onde vão sair os recursos para manter o programa".
Apesar de o ministro Paulo Guedes dizer que o Governo não trabalha, neste momento, com a hipótese de prorrogar o auxílio emergencial, a equipe econômica estuda como pode estender o pagamento do benefício caso haja novas restrições a atividades econômicas.
A principal dúvida entre os técnicos seria como estender o pagamento do auxílio sem furar o chamado teto de gastos, a regra que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação. Nas duas prorrogações anteriores do auxílio, a equipe econômica acabou tendo de ceder porque não havia definição sobre um novo programa social para abarcar mais beneficiários.
A emenda constitucional do teto de gastos permite o uso de crédito extraordinário, fora do limite imposto pela regra (a inflação de um ano antes), para bancar despesas que sejam imprevisíveis e urgentes. Mas há dúvidas se esse expediente pode ser usado de novo, já que o fim do auxílio já estava previsto para 2020.
Se o Congresso decidir por articular a prorrogação, sem ser via crédito extraordinário, as despesas com o pagamento do auxílio vão concorrer com o teto de gastos no espaço orçamentário, cortando ainda mais despesas discricionárias (aquelas que não são obrigatórias, como investimentos), que já estão baixas.
CNH vencida em 2020 poderá ser renovada pelos cearenses em 2021; confira calendário

O Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) informou, nesta última quarta-feira (25), que os motoristas cearenses que tiveram a Carteira Nacional de Habilitação vencida em 2020 terão a oportunidade de renovar o documento em 2021.
Foi definido um novo calendário para que os motoristas possam regularizar a CNH. Para os motoristas que tiveram o documento vencido em janeiro deste ano, ficará reservado janeiro de 2021 para a renovação. Se o vencimento foi em fevereiro de 2020, a renovação poderá ser feita em fevereiro do ano seguinte, e assim sucessivamente.
O Conselho Nacional de Trânsito já havia publicado em junho deste ano uma resolução informando que suspendia prazos de processos envolvendo o Sistema Nacional de Trânsito. Entre as medidas, estava a não aplicação de multas para os condutores que fossem flagrados circulando com a habilitação vencida.
Confira calendário:

ARQUIVO VIVO - Vereador alerta que ex-deputado Adail Carneiro pode ser morto na cadeia
Parlamentar pede a transferência do detento para presídio federal
O vereador Márcio Martins (PROS) denunciou nesta quarta-feira (25), no plenário da Câmara Municipal de Fortaleza, que o ex-deputado federal Adail Carneiro, preso durante operação KM Livre 2 da Polícia Federal (PF), corre o risco de ser assassinado na cadeia.
O parlamentar solicitou ao senador Eduardo Girão que articule solicitação ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para transferência do detento para presídio federal
Márcio Martins alerta que Adail Carneiro é um arquivo vivo e sabe todo o esquema de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro na Prefeitura Municipal de Fortaleza ao longo dos últimos 20 anos.
“Monstro” de Ipueiras” que matou a mulher e 3 crianças recebe pena de 112 anos
O assassinou matou a ex-companheira e os três filhos dela, de 5, 8 e 11 anos
A dez dias de completar três anos, o crime que resultou na morte de uma mãe e seus três filhos no município de Ipueiras teve desfecho na última terça-feira (24), com a condenação de Francisco Cloves Camelo, ex-companheiro da vítima e padrasto das crianças, a 112 anos de reclusão. A sentença acolheu tese do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria de Justiça de Ipueiras.
Conforme o processo, Francisco Cloves, conhecido como “Chico do Zé Maria”, 53 anos, não aceitava o fim do relacionamento com a ex-mulher, então com 30 anos, e demonstrava ciúmes por ela, o que culminou no assassinato a pauladas da vítima e de seus três filhos em 4 de dezembro de 2017. Logo depois do crime, o homem ainda ateou fogo na casa onde a ex-companheira morava.
Diante disso, “Chico do Zé Maria” foi condenado a 112 anos, quatro meses e 12 dias de reclusão, além de 213 dias-multa. A condenação final refere-se a 31 anos pela morte da mãe; a 24 anos pela morte de cada criança; quatro anos e oito meses de reclusão e 16 dias-multa pelo incêndio; a dois anos de reclusão e dez dias-multa por descumprir o Estatuto do Desarmamento (porte ilegal de arma de fogo); e a dois anos e dois meses de reclusão e 150 dias-multa pela destruição dos cadáveres.
Frieza e covardia - Ainda conforme a sentença, para garantia da ordem pública, deve ser aplicada prisão cautelar em razão da gravidade do delito, cometido com “extrema gravidade e crueldade”. A decisão classifica os crimes como hediondos, triplamente qualificados e praticados com “o emprego de pauladas contra as vítimas, indicando violência extrema e periculosidade do condenado que, não satisfeito, ateou fogo contra os cadáveres”.
O réu teve indeferida requisição sobre sua sanidade mental. Pela decisão judicial, o crime revela “alta periculosidade do autor, uma vez que o homicídio fora premeditado e cometido com algo grau de agressividade, frieza e covardia”.
Os mortos - Francisco Cloves matou a companheira, Antônia Conceição Rodrigues da Silva, 30 anos; e três filhos delas de outra relação: Francisco Erick Rodrigues de Sousa, 5 anos; Maria das Graças Rodrigues de Sousa, 8 anos; e Natália Rodrigues de Sousa, 11.
A chacina revoltou a população de Ipueiras, que passou a caçar o criminoso com a intenção de linchá-lo. Ele, no entanto, desapareceu no matagal onde passou três dias escondido, até ser localizado e preso.




