Após duas derrotas consecutivas, na justiça e no legislativo, sofridas na terça-feira (14) pelo presidente afastado da Câmara federal, Eduardo Cunha (PMDB), colegas de parlamento repercutiram a crise política. Os aliados da presidente da República afastada, Dilma Rousseff (PT), ainda aproveitaram o momento para ironizar a aprovação do parecer pela cassação de Cunha, no Conselho de Ética, com a propagação do “tchau, querido” e adotaram a estratégia de tentar “colar” a imagem dele ao presidente interino, ressaltando a aliança de Cunha com Michel Temer (PMDB).
Com o placar de 11 votos a favor e 9 contra, Cunha viu avançar, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que pede a cassação dele por quebra de decoro parlamentar. Além disso, amargou derrota na justiça que determinou o bloqueio de bens de contas bancárias em nome dele e da esposa, Cláudia Cruz.
A deputada federal Luizianne Lins compartilhou, nas redes sociais, uma imagem com a foto de Eduardo Cunha banhado por uma “chuva de dólares” e os dizeres “tchau, querido”, numa referência a despedida “tchau, querida” satirizada após interceptação de diálogo telefônico entre o ex-presidente Lula e a presidente afastada, Dilma Rousseff. Na postagem, Luizianne escreveu que o próximo passo “é confirmar a queda em plenário”.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB) defendeu que o plenário da Câmara dos Deputados tem a obrigação de aprovar o parecer e cassar o presidente afastado da Casa. “A diferença foi até muito pequena, 11 a 9, mesmo diante de um parlamentar com tantas denúncias contra ele e que utilizava seu poder de deputado, e de presidente da Câmara, em benefício próprio, para pautar o golpe no nosso País e para trabalhar contra o Brasil, contra a democracia”, aponta Chico Lopes.
“Mesmo com esse parecer, que finalmente deu uma alegria para quem não entendia como é que Cunha ainda não foi cassado nem preso, é preciso mobilizar o maior número de pessoas pressionando seus deputados, nos estados. É preciso garantir que seja alcançado o número mínimo de 257 votos, para garantir a cassação. Se repetir a proporção que houve no plenário, o resultado vai ser muito apertado. É preciso mobilização, pressão por um resultado que espelhe a justiça e a vontade do povo brasileiro. Não podemos baixar a guarda”, afirma Chico Lopes.
Esperado
Leônidas Cristino, deputado federal do PDT, diz que a aprovação do parecer contra o mandato do deputado federal Eduardo Cunha já era esperada. Segundo ele, quase toda a Câmara Federal tinha consciência de que derrota de Cunha era “necessária”.
“Felizmente o deputado Eduardo Cunha perdeu o seu mandato, embora falte a confirmação do plenário da Câmara Federal e da Comissão de Constituição e Justiça, porque ele, na presidência da Câmara Federal, atrapalhou em cheio a administração da presidente Dilma Rousseff”, reforça o deputado, garantindo que a cassação não tem volta.
Leônidas responsabiliza Cunha pelo processo de impeachment aberto contra a presidente Dilma Rousseff “porque quando viu os seus interesses contrariados abriu o processo na Câmara Federal contra ela”.
Leônidas Cristino, deputado federal do PDT, diz que a aprovação do parecer contra o mandato do deputado federal Eduardo Cunha já era esperada. Segundo ele, quase toda a Câmara Federal tinha consciência de que derrota de Cunha era “necessária”.
“Felizmente o deputado Eduardo Cunha perdeu o seu mandato, embora falte a confirmação do plenário da Câmara Federal e da Comissão de Constituição e Justiça, porque ele, na presidência da Câmara Federal, atrapalhou em cheio a administração da presidente Dilma Rousseff”, reforça o deputado, garantindo que a cassação não tem volta.
Leônidas responsabiliza Cunha pelo processo de impeachment aberto contra a presidente Dilma Rousseff “porque quando viu os seus interesses contrariados abriu o processo na Câmara Federal contra ela”.

Nenhum comentário:
Postar um comentário